sábado, 24 de julho de 2010

A parede

Pintar o grande vazio
Cores de luto e de solidão
O pintor, fraquinho
Deixou de lado os buracos
Grande inversão

Jovem triste e insatisfeito
O balde branco virou
Tingiu de ouro e fez arte
A mãe pouco resmungou

A brisa fraca, lá da praia
Aos poucos a tinta fez secar
Janelas pouco abertas
O vento fez questão de assobiar

O dinheiro em suas mãos pouco valiam
Instrumento deixou cair
A parede amarela não estava mais bonita
O borrão vermelho não quis sair
Sangue de inocente
Só um mendigo sem sorte

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