quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Olhares expostos

No passado, quebrava um galho. No presente, passos largos sem tirar o foco nos estudos. No futuro, a pretensão de continuar neste rumo. A fotografia passou por constante transformação em todo o percurso desta vida mundana. Aquele botão que apertava mirando de qualquer jeito a câmera na direção de meus pais se tornaria apenas uma ação entre muitas outras na hora de se fotografar. Do conjunto da obra, o olhar talvez seja o ponto que mais transitou pelas minhas incertezas, sonhos, história de vida, entre outras coisas. O tal iniciou tímido, arriscando algumas pequenas mudanças, mas depois se portou preparado o suficiente para arriscar. Foi neste momento de rumos acadêmicos que surgiram os primeiros frutos, carregados de significados e reflexões sobre diversos temas.

A preocupação deixou de ser atrelada somente a questão estética, fazendo com que já sentisse incomodo em ouvir comentários vagos dos demais. Levantar discussões sobre aquele produto final, o que ele significa, o que intriga, apontar suas particularidades, seria o ideal. A fotografia não é só um documento como dizem, mas também uma arte. Principalmente uma arte que, aliás, cabe a cada um realizá-la de sua própria maneira sem esquecer que não é simplesmente um botão que realiza tudo.

A partir deste momento, o meu ninho de pensamentos, devaneios, histórias e afins também será invadido pelas fotografias que produzi a cada passo neste caminho até avançado. Dividí-las com quem sabe um pouco da minha essência como escritora, ou seja lá o que vocês me intitulam, aparenta ser um tanto quanto adequado, correto. É reforçar a reflexão, mas sendo esta a do olhar sobre as coisas da vida. Será abordado elementos que vão desde uma sujeira no chão até algo que tenha sido projetado somente para encantar olhares. Composições simplórias e complexas terão sua vez, além da exploração de ângulos distintos. E o portfólio da vida está aí, renovando a cada dia.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

B. N. D.

Nada é inadequado no tempo do coração. Não há dias contados minuciosamente, mas sim uma completa ansiedade. As expectativas explodem a cada riscada no calendário. Onde existia medo, receio, agora descansa o mais sincero dos sorrisos. Sentir tamanho frio na barriga é normal, questiono. És sensação tão formidável que sussurra aos ouvidos todo aquele clamor por mais. Fica marcado em cada toque carinhoso entre os fios de cabelo. O modo que os lábios de encaixam com ternura e não querem mais se soltar. Nada é perfeito nesse mundo, mas arrisco em dizer que exista exceção nos momentos, mesmo que tenham como frutos vários hematomas. É no cheiro que exala e se fixa onde passeia pelo corpo. Como seria sensacional passar horas encarando tais olhos, interrompida pelas risadas bobas. Se for para derramar lágrimas, que seja pela saudade. Ninguém é culpado de sentir algo tão intenso, mas é sim abençoado. Tão inédito, tudo isso envolve e grita "sim, tola, você o ama!"


Terça, 8 de outubro de 2013