Algo voltava a brincar em minha mente. Risadas profanas conduziam a sujeita emocional para um profundo buraco. Em volta, comemoração. A carne foi jogada aos urubus. A dança debochada do caos invadia o recinto e confundia as informações dadas anteriormente por aquele olhar. Parada forçada na bifurcação. Tinha uma pedra no meio do meu caminho.
“Wish You The Worst” veio em minha mente e embalou a dança que me enlouquecia. A cena que as letras da música criavam era tão real que o susto aparentava ser inevitável. Mesmo assim, aquele sorriso tão familiar acabou servindo de lenha para uma fogueira de fumaça letal: a parte fantasiosa da mente. Tal sentimento era tão recente, tão fresco, mas acabou não fugindo do apertar acidental (ou seria proposital?) do botão “fantasiar momentos incríveis, mas aparentemente impossíveis de ocorrer”.
Ainda no clima decepção/dúvidas/fantasias, vagava sem rumo utilizando passos da dança grotesca (meu erro). O olhar de minha pessoa se chocou, em uma infeliz coincidência, com o de um ser que carregava grande porcentagem do ódio que existia em meu coração. Em segundos de olhares cruzados, senti a devolução do ódio que havia jogado no vento. A mente pesou, o coração ainda mais. O perfeccionismo saiu da escuridão, o pessimismo triplicou, a agonia alcançou uma grande dimensão.
Em meio ao caos provocado pelo retorno da porcentagem pesada do ódio, uma pergunta pairou no ar. Tal pergunta provocou um efeito espelho, em que eu parei, visualizei minhas imperfeições físicas e lamentei. “Por que logo ela?” Faço questão de jogar no ar e esperar uma resposta. Enquanto isso estarei defenestrando meus sentimentos. Chega.