sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fugere urbem, mas de Vitorinha

Correria é a palavra-chave da rotina. Cotidiano que perde a essência do pacato principalmente com o anúncio do fim do período. Não é apenas mais um, mas sim o mais complicado. Tropeço nas dificuldades objetivando não cair, sabendo que existirão coisas piores pela frente. Cada respiração parece um sufocamento. Entala o estresse e o mesmo vai acumulado, podendo ser liberado com um cutuque de vara curta. Não sou onça, mas o estrago é feito de mesmo modo. 

carpe diem já retornara e quicava na mente após Dead Poets Society. Fugere urbem surgiu de supetão, mesmo não se encaixando 100% no contexto. Sim, queria a fuga do corre-corre dessa Vitorinha tão agitada. Queria poder respirar outros ares, buscar a tranquilidade que não tinha há tempos. Não me contento com o parque perto de casa, muito menos com a praia. Queria me ver longe do traje próprio para carregar tanta coisa, a tal da minha cruz. Não pretendo me manter longe de meus sonhos, mas uma pausa, mesmo que bem breve, seria ideal para suportar esta luta. 

A solução do que encucava parecia ter chegado mesmo que fragmentada. Foi só seguir a pontualidade nos trilhos, se acomodando no lugar demarcado. Não imaginava que ali a visão daquela situação deixaria de ser turva e passaria a estar azul como o céu no momento. Já diriam que os olhos são a janela da alma, mas percebi aquele instante como o contrário. Não hesitei em registrar fotograficamente, nem um pouco mesmo. A imagem fez o seu papel mostrando que o termo já se aplicava, apesar de ser pseudo puríssimo. Mesmo fugindo de uma cidade para outra, estar ao lado da pessoa amada já carrega toda essa sensação de paz e liberdade dos problemas cotidianos.


     Nikon D3100, f/4.5, 1/1000s, ISO 400, 14 de outubro de 2013, 14:25:55