Se profundo fosse o sonho
Até quando conseguiria suportar?
Um buraco escuro, mistério
Até quando iriam te deixar faltar ar?
Na mina achei tesouro
Pedra preciosa, ilusão
E de ilusões que vive o mundo
Os mais ambiciosos morrerão em solidão
Ouro de aluvião preferi buscar
Mas por lascas pés não ficam no chão
A vida é derrama que não querem apagar
Uma Inconfidência sem razão, ação
Por mais que use fortalezas
Das minhas mãos querem tirar
Seres preciosos de fato
Das minhas mãos querem escapar
terça-feira, 24 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Mergulhando em ilusões
Descia as escadas lentamente, fazendo com que seus pés ficassem firmes no chão. Flutuar em seus sonhos e desejos tiravam a pessoa do plano real e a arremessava no plano da pura imaginação. Procurando defeitos nas paredes, nos ladrilhos, notava minúsculas rachaduras que, aos montes, tiravam a beleza do ambiente. Eram antigas, mas ao alcance dos olhos encontrou outra, nova em folha. Parecia suas entranhas.
Como a justiça, vendada por um belo lenço branco, cega ficara. Mas não era o brilho ofuscante de felicidade alguma que provocava tal feito. A verdade era clara, a mentira também. Mentira, mentiras. E os olhos realmente vazaram. Seria pelo próprio bem ou pelo egoísmo com suas entranhas. Pobre coração!
Uma luta de espadas contra o relógio e o medo. Bom e velho amigo medo a assombrar a criatura, a aterrorizá-la. Quem dera poder esganar, tacar fogo, defenestrar, mas tais inimigos pareciam tão imortais quanto seus sonhos. Sonhos, medo, medo, sonhos. Contraditórios fatos a martelar e fazer entrar na conclusão que a cada dia entrava em uma nova ilusão.
Foi então que despertou. Havia adormecido em cima de livros e encartes de CD. Por pouco não se cortou com as finas folhas de um encarte novo. Tinha em mãos, um pouco amassada, uma folha já escrita com desabafos. O pequeno pug da família estava acomodado em um dos travesseiros já no décimo sétimo sono. Foi cambaleando até o cômodo mais próximo. Seu cabelo curto e bagunçado assustou ao ser avistado no espelho do banheiro, mas logo se recuperou. Lavou a face e abriu os olhos sonolentos. Se viu com hematomas. Olhou novamente pro espelho e concluiu:
- É, essa porcaria toda não foi um sonho mesmo. A realidade doi.
Então tocou a vida.
Como a justiça, vendada por um belo lenço branco, cega ficara. Mas não era o brilho ofuscante de felicidade alguma que provocava tal feito. A verdade era clara, a mentira também. Mentira, mentiras. E os olhos realmente vazaram. Seria pelo próprio bem ou pelo egoísmo com suas entranhas. Pobre coração!
Uma luta de espadas contra o relógio e o medo. Bom e velho amigo medo a assombrar a criatura, a aterrorizá-la. Quem dera poder esganar, tacar fogo, defenestrar, mas tais inimigos pareciam tão imortais quanto seus sonhos. Sonhos, medo, medo, sonhos. Contraditórios fatos a martelar e fazer entrar na conclusão que a cada dia entrava em uma nova ilusão.
Foi então que despertou. Havia adormecido em cima de livros e encartes de CD. Por pouco não se cortou com as finas folhas de um encarte novo. Tinha em mãos, um pouco amassada, uma folha já escrita com desabafos. O pequeno pug da família estava acomodado em um dos travesseiros já no décimo sétimo sono. Foi cambaleando até o cômodo mais próximo. Seu cabelo curto e bagunçado assustou ao ser avistado no espelho do banheiro, mas logo se recuperou. Lavou a face e abriu os olhos sonolentos. Se viu com hematomas. Olhou novamente pro espelho e concluiu:
- É, essa porcaria toda não foi um sonho mesmo. A realidade doi.
Então tocou a vida.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Refrigerante de cola
Não podia negar que gostava daquele desconhecido refrigerante de cola. Julgavam como Pepsi de pobre por conta do gosto adocicado. Pouco me importa o fato de só minha pessoa comprar tal bebida na cantina. Pouco me importava marcas. Como são tão burgueses!
Mergulhava nas páginas de História e então exalava sua essência. Passava muito longe do cheiro de biscoito de limão e do adocicado aroma do líquido ao meu lado armazenado em puro alumínio. Partes do livro pingavam sangue, chegando a formar uma poça. Era notável o aroma de algo apodrecendo. Talvez eram corpos de bravos guerreiros que lutaram em variados movimentos, revoltas, guerras em visível decomposição. Já considerava aquele livro um verdadeiro cemitério onde nobres seres e moribundos de coração dividiam inocentes vermes necessitando de alimentação.
Inevitável era passar as folhas em tom vinho sem que o sangue de inocentes se misturassem aos de corruptos. Fui logo distraída pela negra fumaça no alcance da visão. Novamente, com a passada de pedaços de papel devidamente cortados, emparelhados e amarrados, me deparei com uma Revolução. Aquele estúpido cheiro no qual as narinas gritavam por socorro e os olhos nadavam em mares salgados vinha de uma simples chaminé negra como uma noite sem estrelas.
Mergulhar no meu consciente era um costume inevitável. Ao recordar de uma noite sem estrelas, vi que a minha estava longe de faltá-las. Talvez meu sorriso prateado não tivesse nem comparação ao prateado de um luar esplendoroso, mas talvez o brilho seria tão ofuscante quanto. O horizonte sem fim não mais aparentava ser o limite. Seguiria em braçadas largas pelo mar da vida. Cada vez que a epiderme de meus braços fosse rodeada por água, saberia que pelo caminho haveria inúmeros obstáculos. Com erros e acertos mais aprenderia. Aprendendo mais, mais braçadas daria. Cada avanço, uma conquista. Sonhos com muito esforço poderiam se concretizar. E com a caída da lata no chão, acordei. Apesar de tudo, poderia então ser um tanto real.
Mergulhava nas páginas de História e então exalava sua essência. Passava muito longe do cheiro de biscoito de limão e do adocicado aroma do líquido ao meu lado armazenado em puro alumínio. Partes do livro pingavam sangue, chegando a formar uma poça. Era notável o aroma de algo apodrecendo. Talvez eram corpos de bravos guerreiros que lutaram em variados movimentos, revoltas, guerras em visível decomposição. Já considerava aquele livro um verdadeiro cemitério onde nobres seres e moribundos de coração dividiam inocentes vermes necessitando de alimentação.
Inevitável era passar as folhas em tom vinho sem que o sangue de inocentes se misturassem aos de corruptos. Fui logo distraída pela negra fumaça no alcance da visão. Novamente, com a passada de pedaços de papel devidamente cortados, emparelhados e amarrados, me deparei com uma Revolução. Aquele estúpido cheiro no qual as narinas gritavam por socorro e os olhos nadavam em mares salgados vinha de uma simples chaminé negra como uma noite sem estrelas.
Mergulhar no meu consciente era um costume inevitável. Ao recordar de uma noite sem estrelas, vi que a minha estava longe de faltá-las. Talvez meu sorriso prateado não tivesse nem comparação ao prateado de um luar esplendoroso, mas talvez o brilho seria tão ofuscante quanto. O horizonte sem fim não mais aparentava ser o limite. Seguiria em braçadas largas pelo mar da vida. Cada vez que a epiderme de meus braços fosse rodeada por água, saberia que pelo caminho haveria inúmeros obstáculos. Com erros e acertos mais aprenderia. Aprendendo mais, mais braçadas daria. Cada avanço, uma conquista. Sonhos com muito esforço poderiam se concretizar. E com a caída da lata no chão, acordei. Apesar de tudo, poderia então ser um tanto real.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Questão de Paz
Nutre o medo a falta de valor
O que vos cerca, víboras
Diga-se de passagem, o rancor
Então deixa no caminho atitudes mesquinhas
Em todos picam e sugam o amor
Nota-se insanidade nos olhos
Disfarça entre os dentes o ser invulgar
De nada esforço adiantará
Tinir de metais, uma conclusão
Estava pronto para levantar contra a pessoa uma revolução
De espadas os olhares servem
No pior dos movimentos, mais que um acerto
Faca de dois gumes, complicada situação
Escudo vejo nas grossas paredes de vidro
És de longe maléfico marido, então
Não aponte o dedo na face
Em meio a doçura, denota tristeza
Se diz paladino, bravo sujeito
Caraminholas não entram em nossas cabeças
Do cortês de longe desconheço, julgando ardor
Derrotas as cicatrizes estampam
Da escassez de grãos poeira se forma
E ao roçar narinas alergia provoca
Incômodo inquestionável era
Vive em paz falso rei a sete palmos da terra
O que vos cerca, víboras
Diga-se de passagem, o rancor
Então deixa no caminho atitudes mesquinhas
Em todos picam e sugam o amor
Nota-se insanidade nos olhos
Disfarça entre os dentes o ser invulgar
De nada esforço adiantará
Tinir de metais, uma conclusão
Estava pronto para levantar contra a pessoa uma revolução
De espadas os olhares servem
No pior dos movimentos, mais que um acerto
Faca de dois gumes, complicada situação
Escudo vejo nas grossas paredes de vidro
És de longe maléfico marido, então
Não aponte o dedo na face
Em meio a doçura, denota tristeza
Se diz paladino, bravo sujeito
Caraminholas não entram em nossas cabeças
Do cortês de longe desconheço, julgando ardor
Derrotas as cicatrizes estampam
Da escassez de grãos poeira se forma
E ao roçar narinas alergia provoca
Incômodo inquestionável era
Vive em paz falso rei a sete palmos da terra
sábado, 7 de agosto de 2010
Desafio
Há tempos que não abro os olhos
Pelo plano das ideias tanto vaguei
Visita ao mundo de sonhos fiz
E em meio à realidade acordei, infeliz
Dizem que insanidade é meu sobrenome
Nada posso fazer se na consciência tudo pesa
Costas envergadas estão
Dor lenta, dor pequena, dor mortal
Rainha do drama? Não permito
Julga sem saber do gradativo incômodo
Costas pesam devagarzinho, horror
Palavras de minha boca não saem, nada mudou
Eis de longe o desafio
Aos poucos agoniando a mente
Constante aflição
Maldito devaneio, constante dor
Quem dera ao menos companhia ter
Vazio no coração do doloroso ser
No lugar uma pedra
As costas pesam, a pedra aos poucos também
Estômago fraquinho, temia a dor
De longe tremia por nada
Sua boca não queria mais abrir
Nem para pedir calor, calor corpóreo
Olho o perfume atrativo no ar
Essência de rosas
Com certeza a com mais espinhos
E a cabeça vai pesando, as costas também
Nem ao menos longe fui
O perto nunca alcançarei
Desafio tornou-se impossível
E tudo pesa e a mente dorme novamente...infeliz!
Pelo plano das ideias tanto vaguei
Visita ao mundo de sonhos fiz
E em meio à realidade acordei, infeliz
Dizem que insanidade é meu sobrenome
Nada posso fazer se na consciência tudo pesa
Costas envergadas estão
Dor lenta, dor pequena, dor mortal
Rainha do drama? Não permito
Julga sem saber do gradativo incômodo
Costas pesam devagarzinho, horror
Palavras de minha boca não saem, nada mudou
Eis de longe o desafio
Aos poucos agoniando a mente
Constante aflição
Maldito devaneio, constante dor
Quem dera ao menos companhia ter
Vazio no coração do doloroso ser
No lugar uma pedra
As costas pesam, a pedra aos poucos também
Estômago fraquinho, temia a dor
De longe tremia por nada
Sua boca não queria mais abrir
Nem para pedir calor, calor corpóreo
Olho o perfume atrativo no ar
Essência de rosas
Com certeza a com mais espinhos
E a cabeça vai pesando, as costas também
Nem ao menos longe fui
O perto nunca alcançarei
Desafio tornou-se impossível
E tudo pesa e a mente dorme novamente...infeliz!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Êxito
Oh vil sujeito
Não cobre a ela o apego
Egoísmo, grande amigo
Objeto de total desprezo
Audaz nunca há
Terra de tíbios anfíbios
Intoxicado está o menino
Há de se transformar
Infecto recluso de tanta irrisão
Alquebradas as suas musas
E então o viril aclama
''Que drama! Que drama!''
Coro da turba nítido
Constante perturbação
Consumado na agonia do ser
Solucionada com espectro em langor
E à bolina foi a mezena
Pélagos não atingem o experiente nauta
E de nada adianta cuidado
Fruto de desgosto terá de acalentar
Não cobre a ela o apego
Egoísmo, grande amigo
Objeto de total desprezo
Audaz nunca há
Terra de tíbios anfíbios
Intoxicado está o menino
Há de se transformar
Infecto recluso de tanta irrisão
Alquebradas as suas musas
E então o viril aclama
''Que drama! Que drama!''
Coro da turba nítido
Constante perturbação
Consumado na agonia do ser
Solucionada com espectro em langor
E à bolina foi a mezena
Pélagos não atingem o experiente nauta
E de nada adianta cuidado
Fruto de desgosto terá de acalentar
domingo, 1 de agosto de 2010
Encanto de um devaneio
Raios refletem na janela de manhãzinha
O sol quer despertar nossas vidas
Por um só dia, pura alegria
Ideia um tanto genial
O prateado e o branco dos dentes se misturam
Refletem um dia algo de bravura
Loucura, no momento, escassa
Triste ilusão de um momento único
Flores coloriam os cabelos
Várias formas e cores
Devaneio por um dia só realizado
Breve causa, depois pequeno descuido
Tristeza das fofas nuvens caiu sobre a terra fresca
O doce de suas lágrimas adocicavam o coração
Antes pedra derreteu em solo fofo
Sozinha de novo estava em plena estrada
Não chegou a galope
Branco e o prateado se uniram novamente
Afagou a estranha personalidade
E com um ósculo, fechou
Tristeza ao acordar cedo de manhã
Brisa pelas rachaduras
Pouco conseguia abrir os olhos
Mas um novo dia começava
Outro devaneio feliz
O sol quer despertar nossas vidas
Por um só dia, pura alegria
Ideia um tanto genial
O prateado e o branco dos dentes se misturam
Refletem um dia algo de bravura
Loucura, no momento, escassa
Triste ilusão de um momento único
Flores coloriam os cabelos
Várias formas e cores
Devaneio por um dia só realizado
Breve causa, depois pequeno descuido
Tristeza das fofas nuvens caiu sobre a terra fresca
O doce de suas lágrimas adocicavam o coração
Antes pedra derreteu em solo fofo
Sozinha de novo estava em plena estrada
Não chegou a galope
Branco e o prateado se uniram novamente
Afagou a estranha personalidade
E com um ósculo, fechou
Tristeza ao acordar cedo de manhã
Brisa pelas rachaduras
Pouco conseguia abrir os olhos
Mas um novo dia começava
Outro devaneio feliz
Abandono do passado
Muito foi imaginado
Memórias dissolvidas em devaneios
Pensamentos perdidos no ar
Causas e consequências que se entrelaçam
Tilintar de talheres anuncia
Alimento farto por um só dia
Viver de agonia, todo dia
Suor de trabalho árduo
Quis enxergar um dia o mundo diferente
Propôs a mudança perfeita
Distância inevitável de quem busca futuro
Vida nova em um olhar gentil
Enganar, nada mais
Omitir a realidade, fato passado
Uma nova pessoa talvez
Por dentro ainda restos
Passado doloroso nunca mais
Nunca, mais
Memórias dissolvidas em devaneios
Pensamentos perdidos no ar
Causas e consequências que se entrelaçam
Tilintar de talheres anuncia
Alimento farto por um só dia
Viver de agonia, todo dia
Suor de trabalho árduo
Quis enxergar um dia o mundo diferente
Propôs a mudança perfeita
Distância inevitável de quem busca futuro
Vida nova em um olhar gentil
Enganar, nada mais
Omitir a realidade, fato passado
Uma nova pessoa talvez
Por dentro ainda restos
Passado doloroso nunca mais
Nunca, mais
Outros
Calada da noite, dia de farra
Calor infernal, que nem brasa
Líquido descia queimando
Alegria inevitável
Não era ali a pessoa
Inocente rosto mostrou
Um bagunçado cabelo, maquiagem pesada
Estilo das roupas anormal
Não é pra qualquer um
Em meio de tragos e cinzas
Sorrisos forçados, provocando feridas
Loucuras, resultado ainda forçado
Resistentes ao poderoso álcool
Menos...ela
Perdida no mundo, vagando no espaço
Rostos desconhecidos, risos na face
Bafo de bebida claro
Exagero nas palavras, atos
Nada resolve besteiras
Caída no meio fio
Rostos até conhecidos somem
Amigos, nada são
Outros que te querem ver sofrer
Olhos fecham no profundo silêncio
Respiração dificulta
Desmaiada, profundo coma
Para o mundo, mais um mendigo na rua
Calor infernal, que nem brasa
Líquido descia queimando
Alegria inevitável
Não era ali a pessoa
Inocente rosto mostrou
Um bagunçado cabelo, maquiagem pesada
Estilo das roupas anormal
Não é pra qualquer um
Em meio de tragos e cinzas
Sorrisos forçados, provocando feridas
Loucuras, resultado ainda forçado
Resistentes ao poderoso álcool
Menos...ela
Perdida no mundo, vagando no espaço
Rostos desconhecidos, risos na face
Bafo de bebida claro
Exagero nas palavras, atos
Nada resolve besteiras
Caída no meio fio
Rostos até conhecidos somem
Amigos, nada são
Outros que te querem ver sofrer
Olhos fecham no profundo silêncio
Respiração dificulta
Desmaiada, profundo coma
Para o mundo, mais um mendigo na rua
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