quarta-feira, 21 de julho de 2010

Atípica

Suave sopro a reinar
Partículas suspensas pairando no ar
Lágrimas da torneira pingando
Copo d'água meio cheio
Hora dos sonhos regar

Eis na coloração adocicada o mais puro resultado
Voluptuosos brotos surgem das folhas, marcados
Essência rosada alegrando os lares
Simples beleza como essa, não há

Calmaria em exagero
Cômodo vazio, sombria visão
As folhas levemente sacodem
Eis a dança da solidão

Enclausurada beleza ou falta dela
Fatores de depressão
Onde está o pólen no ar?
Necessidade de fertilizar o coração

Ninguém mudará o fato
A delicada, simpática, murchou
O encanto foi derramado
Por quem fingiu o amor

Dorme em paz, oh verde feliz!
O sofrimento aos poucos passou
Nada tema, minha cara plantinha
Outra flor há de nascer
Mas nada como aquela que te fiz esquecer

Nenhum comentário:

Postar um comentário