segunda-feira, 26 de julho de 2010

O mendicante

Buraco profundo
Esconde segredos
Atrevido ao relento
Remexendo os detritos se encontrou

Vazio escuro
Água empoçou
Os sonhos o balde levou
Cheio o pote da dor

Puxava sua vida nas costas
Marcas que um passado que pouco cortejou
Na sua língua, palavras
Nada se compara a esse circo de horror

Boeiros, esquinas, calçadas
Falta de papel, papel, papelão
O lar seja então a lata
Alimentação ao sujeito deu, fez questão

Boa noite desgraçado, boa noite!
Um dia quem sabe seus sonhos virão a tona
Nada resta, nada sobra
Consequências de uma sociedade cega

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